Por força ficar aqui, até que a palavra morar faça sentido é uma escultura produzida a partir de um poema de Ana Martins Marques.
Os panos de chão que usei para sua produção foram utilizados durante a pandemia enquanto eu morava no interior de São Paulo, quase Minas Gerais, onde a terra vermelha tinge todos os objetos, tecidos, superfícies, peles. A cor ocre, tão característica do Brasil, domina a paisagem e dá um tom quente à estética daquele lugar. Os panos são costurados em alguns pontos e elevados ao teto, formando algo como um rodamoinho, num movimento ascensional.